Facebook do Sindicato: mural de avisos ou meio de comunicação?

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O Sindicato ter sua página no Facebook pode ser muito bom.. ou pode ser desastroso. Depende basicamente da clareza da missão de comunicação a ser executada na rede social.

A simples ocupação de uma página por parte da organização sindical quer dizer muito pouco, ou quase nada. Por exemplo, manter o espaço, mas não atualizá-lo, acaba depondo contra, pois mostra a inoperância do Sindicato na geração de informações e no descaso com seu público.

Por outro lado, manter a página e usá-la tão somente como um quadro de avisos e comunicações sindicais, quase como se fosse uma extensão de um mural interno, subestima a expectativa dos associados de esperar do Sindicato uma referência de opinião.

Outras situações negativas envolvem a forma de atender o público e seus comentários pelo facebook. Muitas vezes as pessoas usam a rede social para extravasar e nem sempre são exatamente bem educadas.

E quando o Sindicato entrega suas respostas e moderação pelo Facebook para jovens, estagiários e assistentes sem formação como profissionais de comunicação, quase sempre o resultado pode ser o desentendimento ao invés do entendimento.

Erros crassos de português nos diálogos quase sempre empurram a imagem do sindicato para baixo. A excessiva objetividade em respostas passa falta de pessoalidade e companheirismo.

Demora em repostas, sinaliza uma rede social de baixo uso e credibilidade pequena.

Esses ritmos de posts, respostas e tom de publicações vão construindo pouco a pouco o alcance da rede social no Facebook. Podem elevar o nível ou podem abrir o flanco para um baixo nível.

As redes sociais para organizações sindicais podem ser poderosos instrumentos de comunicação, serem verdadeiros meios de comunicação informativos, capazes de levar instantaneamente notícias de relevância para os associados, que assim tem uma fonte de informação de confiança.

Porém, o uso negligenciado, pode fazer o facebook do sindicato ser um espelho de atraso, ao invés de avanços.

Sergio Lerrer – Jornalista