Gestão sindical: 4 pontos essenciais para sua entidade ter um bom desempenho

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Trabalhar na gestão sindical é um desafio bastante interessante. São vários pontos a serem considerados, desde controle financeiro até a colocação em prática de ações relevantes – para proteger os direitos de quem faz parte do grupo e espera da entidade um apoio efetivo nas demandas desejadas.

Mas, como fazer com que a entidade se organize bem e tenha, de fato, um desempenho satisfatório na gestão? Alguns pontos são indispensáveis para a gestão sindical e é esse é o tema desta conversa.

Falaremos um pouco mais sobre o tema, apresentando alguns dos pontos mais relevantes, que não podem faltar no processo de gestão. Assim, os responsáveis por essa atividade poderão entender ainda melhor como alavancar a organização e o funcionamento do sindicato em que atuam.

Crie planejamento e pense no futuro

O primeiro passo para que uma entidade tenha futuro é pensar a longo prazo. As atividades feitas hoje precisam resolver problemas atuais, mas também indicar caminhos para ações seguintes.

Entender o contexto do setor que o sindicato defende é fundamental para criação deste plano. Quais são as demandas que se formam para o futuro? Como os afiliados do sindicato entendem seus próprios caminhos para os anos seguintes?

Juntando as respostas para estas perguntas, os gestores podem criar metas. É preciso ser realista também, não dá para idealizar um futuro a longo prazo sem que as ideias sejam baseadas em uma análise com bases reais.

Obviamente, alguns contextos ou fatos específicos podem mudar tudo, e por isso também é importante que a gestão sindical seja feita com margem para manobras e correções.

O que não pode acontecer é deixar as coisas acontecerem aleatoriamente, acreditando que tudo dará certo. É preciso incluir as pessoas envolvidas no sindicato e formar planos para que todas entendam que há uma proteção e uma segurança sobre o futuro.

Antecipação de problemas e falhas no setor

Além de planejar o futuro, os dirigentes que fazem a gestão sindical também precisam ser capazes de antecipar problemas que a classe em questão pode ter. Analisar o futuro não serve apenas para entender as tendências e se preparar para elas.

Sempre haverá pedras no caminho e saber reconhecê-las, para ter uma proteção maior, é parte essencial desta função. Para isso, é importante sempre ouvir os afiliados, que estão na linha de frente do segmento em questão e podem ter uma boa visão sobre o que está dando errado, ou pode vir a dar em algum tempo.

Por meio do uso de ferramentas de gestão, que comparem atividades de períodos diferentes, por exemplo, é possível perceber se, de um período de tempo para outro (semana, mês, ano), houve queda em determinados indicadores. Se sim, é fundamental entender os motivos e tentar antecipar futuras alterações que sejam perigosas.

Conseguir corrigir as falhas de maneira rápida também faz parte de uma boa gestão sindical. Assim, cria-se mais proteção para os afiliados, gerando segurança para que eles sigam cumprindo suas funções e mantenham a confiança na entidade. Se os problemas se repetem ou aumentam, a sensação que se tem é de que o sindicato não faz nada. Neste caso, a gestão estará fadada ao fracasso.

Comunicação com os integrantes do grupo

A gestão é, também, comunicação. De nada adianta fazer o trabalho se isso não for repassado e conversado com quem faz parte do sindicato. Tudo precisa ser conversado e definido de forma justa.

Qualquer ação precisa ser combinada com os integrantes, em uma organização do tipo sindical, é fundamental que haja coesão e democracia nas escolhas. Se não, a essência de um grupo desse tipo se perde.

Afinal, se o objetivo é que o grupo se forme para lutar pelos direitos e pelas melhores condições para um determinado setor, não existe gestão monocrática ou que se comunique com poucos para definir o que é o ideal para toda uma classe.

Portanto, é sempre importante lançar comunicados, abrir votações e ouvir os diferentes integrantes. Assim, cria-se uma base maior de argumentos para que todo o sindicato funcione.

Claro, é difícil que todas as decisões agradem a todos os envolvidos, seja em um sindicato ou em qualquer outro tipo de associação. As pessoas têm suas visões particulares. Mas faz parte de uma boa gestão sindical a comunicação e a possibilidade de que todos os integrantes possam ter sua voz ouvida para que as ideias sejam mais completas e de acordo com o que o setor precisa.

Estímulo a novas lideranças

Outro ponto que será importante para que o sindicato tenha bom desempenho, e se mantenha assim por longos períodos, é o contínuo estímulo a novas lideranças. A partir do momento que uma pessoa, ou um grupo muito pequeno em termos proporcionais, assume a direção e não abre espaço para outros, a situação começa a se perder.

Ter a ideia de que novas cabeças merecem ter espaço para lançar ideias é o que faz um sindicato se estabilizar e ter sucesso por maiores períodos de tempo. Afinal, o tempo passa e as situações mudam. Quando a tomada de decisão fica com os mesmos, é difícil que haja uma adaptação ideal às novas demandas.

Isso sem falar no fato de que, visando à criação de uma cultura de participação e de luta pelos direitos de todos os afiliados, é fundamental que o exemplo venha de cima, com os responsáveis pela gestão abrindo espaço para que diferentes grupos se manifestem em condições de igualdade com os demais.

Se o clima na gestão for de abertura e convivência, isso significa que a gestão sindical está no caminho certo para ter o melhor desempenho, entregando as soluções ideais para seus afiliados.

Com isso, chegamos ao fim de nossos pontos. Cada sindicato tem sua característica, obviamente. Mas esses tópicos são inerentes ao bom desempenho de uma gestão sindical. Sem eles, a tendência é de que o trabalho não seja o ideal.

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