Saiba formas de gerenciar crises no sindicato

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Encarar momentos de crise é algo comum para empresas e também para sindicatos. Nos sindicatos, elas podem ser desencadeadas por diversos fatores, como uma negociação coletiva que não agradou a maioria dos trabalhadores, pressão excessiva dos órgãos governamentais e empresas privadas, depreciação da imagem do sindicato, entre outras.

Apesar de, na maioria das vezes, serem momentos passageiros e que não demonstram propriamente uma fragilidade direta da entidade, as crises devem ser previstas e administradas ao máximo para evitar problemas maiores para os sindicatos e seus trabalhadores.

Em todos os segmentos e setores, o gerenciamento de crise é necessário para manter os negócios em alta e evitar a decaída ou o prejuízo para a empresa. Para que isso seja controlado e evitado, é preciso elaborar um bom planejamento de ações, que deve ser dividido nas seguintes etapas:

• Levantamento de riscos/Diagnóstico de ameaças

• Planejamento e execução de processos

• Manutenção

Levantamento de riscos/Diagnóstico de ameaças

Assim como as empresas, os dirigentes de sindicatos sabem exatamente onde as crises surgem, o que as motiva e no que elas mais afetam o sindicato e seus trabalhadores. Prever essas crises só é possível se for feito um levantamento dos principais riscos e ameaças para a categoria e para o sindicato.

Dentre essas ameaças, os dirigentes podem apontar as regiões com menos identificação com a diretoria do sindicato, os órgãos do governo e empresas que mais atacam o sindicato, os acordos que podem ser mais desfavoráveis para a categoria, as empresas que menos cumprem as determinações da categoria, entre outros levantamentos importantes.

Isso irá ajudar o sindicato a se prevenir contra essas entre outras situações que podem gerar crises internas e externas, e até mesmo conseguir evita-las com um planejamento de ações bem executado.

Planejamento e execução de processos

Investir em uma boa equipe de comunicação é o primeiro passo do seu planejamento de ações para gerir a crise. Essa equipe irá cuidar da preservação da imagem do sindicato perante os seus trabalhadores e sociedade. Para isso, é preciso começar a agir antes mesmo da crise acontecer, fortalecendo a imagem do sindicato com campanhas amigáveis e estreitando os laços com os trabalhadores da categoria.

Capriche na oferta de conteúdos e comunicações para orientar e esclarecer a categoria sobre informações pertinentes, informá-la sobre o cenário político e lembrar dela em datas comemorativas. Para isso, utilize-se de um site sempre atualizado, redes sociais, e-mail marketing, informativos impressos, entre outras alternativas de transmissão de mensagens. Essas são apenas algumas das estratégias disponíveis para fortalecer o vínculo com os trabalhadores.

Após investir na comunicação para manter seu sindicato sempre bem falado, comece a planejar as ações para cada ameaça detectada, tanto para se prevenir como para saber como amenizar os efeitos das que não podem ser evitadas. Tais ações preventivas devem ser repassadas para todos os trabalhadores do sindicato, para que alcancem o êxito esperado.

Muitas vezes, principalmente quando a crise é causada por fatores externos, é impossível evita-la. As ações para amenizar os efeitos da mesma são de suma importância. Nesses casos, a comunicação deve trabalhar ainda mais a imagem do sindicato e o mesmo deve procurar solucionar os problemas de tal crise de imediato.

Manutenção

Após a implementação das ações preventivas e amenizadoras da crise, é preciso monitorar se a mesma foi mesmo atenuada, se as ações surtiram efeito e se o problema foi solucionado com eficácia. Os momentos de crise demandam o monitoramento das reações dos trabalhadores e de outros setores da sociedade. Esse trabalho é fundamental para averiguar o que o sindicato pode fazer melhor.